quinta-feira, 5 de março de 2009

A Verdade Obsoleta

Toda vez que eu falo com você sinto como se esse nó na minha garganta fosse explodir e criar uma hemorragia intensa, terrível e fatal. Eu não sei se o melhor agora é afastar você de mim ou continuar na tentativa de lhe trazer de volta. Sabe, quando deito a noite para tentar dormir... fico olhando ao redor, para o teto... a minha cama está tão maior, tão mais fria (mesmo que você nunca tenha dormido aqui comigo). Poderia ser simples carência, mais não é... não se trata apenas de perder algo. Trata-se de perder algo que você ama desesperadamente, não que seja uma surpresa, afinal de contas eu realmente sou um desesperado.

Não sei se repudio mais um encontro ou se me lanço fácil como tenho vontade de fazer e sem pensar em nada... apenas quero curtir mais um momento ao seu lado com direito ao nosso sexo, conversas e, como têm sido ultimamente, aquela maldita choradeira no final, que sempre penso que ainda não é final, não de todo. Estou vago, sabia? Estou mesmo, pensar na possibilidade de estar mais uma vez sozinho me apavora. Sou um sujeito que precisa de uma multidão para estar junto, que precisa de todos os abraços perfumados e que sente falta dos mínimos detalhes, das coisas mais antigas, mais ultrapassadas, que para mim são as mais espciais e fazem toda a diferença.

O amor é como cocaína: vira a sua cabeça e o faz de refém quando você menos espera. No final é aquilo de sempre, uma overdose solitária... você achando que vai morrer, sempre sozinho, querendo mais quando tudo já acabou e aí você tem de escolher... viver ou se tornar dependente daquilo (pessoa) para todo o sempre. Como toda droga o amor não é barato, não é fácil e você nunca tem o controle da situação, pelo contrário, você se torna marionete da situação que provocou, mesmo que ingenuamente. Estou viciado em você e no seu cheiro, tenho me perguntado todos os dias como vou sobreviver a tudo isso sem dar mais um tiro na sua essência.

Um comentário:

Kaline Rossi disse...

Gostei da metáfora. Mesmo sem saber deveras a intensidade de um lado, do outro sei um grande tanto.