quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Untitled

Minha razão não lúdica suspira pensamentos presos/ brisas leves aleatórias/ traços neurais pulsantes/ Meu espaço está aberto entre dedos e dentes/ esperando carne quente para acolher os ossos/ Transmiti o mal como quem goza de prazer/ sem pudor e de olhos fechados/ esperando pelo cigarro derradeiro para marcar a fogo e ferro/ Explorei a luxúria como quem domina touro bravo/ não foram oito, mas sim eternos segundos dopado de adrenalina/ me senti no leme do mundo.

Meu intestino embrulha, repulsa, remexe e grita com doses exageradas dos goles de lama e ló/ Sinto fome do branco/ Me vendo ao verde/ Me atiro aos pombos/ Invado varais de roupas alvas e depois repouso no teu peito/ Acordo num deserto de nuvens/ em cima está a terra/ embaixo o céu/ no meio eu, a insanidade em pessoa, despido de emoções/ Sem preconceitos e preceitos.

A giz, caravelas de formigas em alto mar/ a bordo de suas folhas/ Água por todos os lados/ sem nadar contra a maré/ deixando levar seus ovos/ Morrendo pela decepção de ver seu império desmoronar/ Com patas cansadas demais para correr/ Apáticos bastante para deixar morrer e achar que a falta de sono é apenas insônia/ Apenas insônia/ Insônia apenas.
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Um comentário:

Sam Alencar disse...

Simplesmente PERFEITA! Conseguiste dizer td em palavras q se ligam numa sintonia inexplicável!